sábado, 9 de maio de 2015

Dia do Amor


Enquanto andava
ainda escuro
nos assaltamos
na penumbra
pública

Justapostos
todavia
estamos
no clarão
do agora dia

Secretos
desejos revelados
entre panos,
entre sussurros,
sem danos

Eternos medos
mantivemos
calados
nesse infindo
intervalo

Num oceano
um entre
o outro
em apneia
fluímos

E o saciar
da fome
de nós dois
adiamos
mais um pouco

Um olhar sério
cara a cara

e a alma 
se escancara
em riso frouxo

O vazio d
a vida
esvazia-se
sem pressa,
sem nada,
cá estamos

Futuros planos
afastamos
para um amanhã
que teremos
dia desses

Hoje é Dia do Amor


(Floripa, abril/2015)

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