quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O cão


Do outro lado da rua vejo um cão, desses classificados como tombalatas, deitado à sombra da soleira da porta de
uma casa sobre um tapete onde usualmente limpa-se os pés antes de entrar.

De vez em quando ele levanta as orelhas captando algum ruído vindo de longe. Assim que o som torna-se mais próximo ele parte num repente em disparada até o portão gradeado, latindo marteladamente debaixo do sol escaldante.

Logo que o silêncio reassume o domínio e a ladeira torna-se novamente pacata ele retorna ao capacho, fazendo no trajeto uma parada para acalmar uma breve coceira.

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