O brasileiro, em geral, adora se ver pela lente do derrotismo. Antes acusava "o brasileiro" - como se ele mesmo não fosse um! - de ser um povo bundão, que não lutava por nada, que só queria saber de futebol e carnaval e que, por isso mesmo, não valia nada.
Agora que temos uma geração corajosa e consciente
o mesmo grupo de brasileiros a acusa de baderneira e que, por isso mesmo, não vale nada.
Na verdade toda avaliação superficial leva ao pré-julgamento e, este, a um equívoco platinado.
Como escreveu meu xará, o Buarque, em "Meu caro amigo":
"...
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate o sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
..."
Nada parece ter mudado desde que a letra foi escrita em 1944! Mas "o brasileiro" vem mudando e para mudar.
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