sábado, 28 de setembro de 2013

Água


Morna é conforto
Quente, despela
Gelada é refresco
Fria, desperta

Parada é poça
Profunda, poço
Caindo é chuva
Muita, desgraça


Fresca é ócio
Dura, geleira
Jorrando é bica
Em pingos, goteira

Limpa é nascente
Pouca, riacho
Forte é vertente
Imunda, relaxo

Do mar é imensa
Do ar, invisível
Pra terra é vital
Sua falta, possível

2 comentários:

  1. Francisco! Este poema é uma perfeiçao, primoroso! Que belo jogo de palavras, tão contudentes, tão precisas, certeiras! O poema é lindo. O poeta mais.

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    1. E eu aqui, todo sem graça com tanto elogio.
      É ótimo saber que a minha emoção encontra entendimento e pode emocionar também.
      Muito obrigado!

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