terça-feira, 24 de setembro de 2013

Manhã cedo


Pés se chocam contra o frio liso do piso
Olhos vagos sem vontade veem o inevitável
Coisas sem respeitar ordem vêm à mente 
Águas frias batem no rosto ainda quente

Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia

Panos cobrem o corpo com muita preguiça
Dente corta e mói, mói, mói o pão daquele dia
Boca gosta do gosto amargo de café que fica
Planos se engendram em sequência indecisa


Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia

Rodas giram suaves sobre o asfalto inerte
Galhos espalham-se 
invisivelmente em ramos 
Nuvens voam lentas arrastadas pelo vento
Pernas se revezam apressadas rumo ao nada


Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia

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