sábado, 12 de abril de 2014

Estranhamente familiar


O que me espanta
não te causa inquietação
Já o que é inédito

facilmente nos encanta!

O que é raro
a ti não provoca susto
Mas o que é comum
nada entendo, a todo custo

O rosto muda a todo instante
sem descanso
Os lábios calam,
quando vistos muito antes

Hoje o que é ruga
não tem viço e não tem cor
Foi noutros tempos outra cara
um esplendor!

Mas o que surge de repente
sem aviso
Causa 
arrepios de terror
um frio sorriso

O olho faz a foto
do que vê
A mente logo julga
o que não lê

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