Estranhamente familiar
O
que me espanta
não te causa inquietação
Já o que é inédito
facilmente nos encanta!
O que é raro
a ti não provoca susto
Mas o que é comum
nada entendo, a todo custo
O rosto muda a todo instante
sem descanso
Os lábios calam,
quando vistos muito antes
Hoje o que é ruga
não tem viço e não tem cor
Foi noutros tempos outra cara
um esplendor!
Mas o que surge de repente
sem aviso
Causa arrepios de terror
um frio sorriso
O olho faz a foto
do que vê
A mente logo julga
o que não lê
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