Olhos vagos sem vontade veem o inevitável
Coisas sem respeitar ordem vêm à mente
Águas frias batem no rosto ainda quente
Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia
Panos
cobrem o corpo com muita preguiça
Dente corta e mói, mói, mói o pão daquele dia
Boca gosta do gosto amargo de café que fica
Planos se engendram em sequência indecisa
Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia
Rodas giram suaves sobre o asfalto inerte
Galhos espalham-se invisivelmente em ramos
Nuvens voam lentas arrastadas pelo vento
Pernas se revezam apressadas rumo ao nada
Assim começa o dia que a manhã cedo anuncia
Linda!
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