terça-feira, 10 de setembro de 2013
Rico que só
Ontem no supermercado, seção hortifruti, topei com uma figura de personalidade quase extraterrena. Comunicativo,
simpático e interessado em atender bem os clientes. Um paraense!
Repondo quieto as frutas e verduras, empenhado em seu nobre ofício e atento à sua volta, estava ali personificada a mistura de índio, branco e de mais alguma outra boa fonte. E bastou que eu fizesse um comentário sobre o preço abusivo da banana branca, para ele iniciar uma conversa animada sobre frutas que por aqui têm preço de filé mignon e que no Norte colhem-se gratuitamente, logo ali na seção quintal.
Lembrei de como era assim também na minha cidade natal, que aliás poderia ser qualquer cidade do passado, onde as frutas, ricas em diversidade e miseráveis em agrotóxico, eram coisas que a gente comia de graça.
Ele citou o caju, a goiaba vermelha, o coco verde, a carambola e outras que eu deveria ter anotado, de nomes tão regionais! tudo custando por aqui um valor que exige muito esforço para se ganhar com trabalho.
Ao pesar o último saco de frutas exclamou: "Olhe, lá eu era rico e nem sabia!". Finalizou com um sorriso e um "muito obrigado".
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